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  • Foto do escritorJuliana Genovesi

Estamos construindo um mundo melhor, ou não, quem sabe? Por que adoecemos?

Atualizado: 24 de ago.

Estamos construindo um mundo melhor, ou não,

Quem sabe?



“Quem espera que a vida, Seja feita de ilusão

Pode até ficar maluco, Ou morrer na solidão

É preciso ter cuidado, Pra mais tarde não sofrer

É preciso saber viver

Toda pedra no caminho, Você pode retirar

Numa flor que tem espinhos, Você pode se arranhar

Se o bem e o mal existem, Você pode escolher

É preciso saber viver”

(É preciso saber viver - letra de Erasmo Esteves / Roberto Carlos Braga)



Por que adoecemos? foto de um olho de cor castanho claro com uma lágruma transmitindo a emoção de tristeza


Por que adoecemos? 


Será que nós permitimos que o outro nos adoeça, guardamos e escondemos sentimentos e emoções em demasia, não cuidamos de nós mesmos, escolhemos adoecer e temos o poder de nos curar, ou que ainda, a doença é um sinal, um sintoma, uma forma de olharmos os pontos-chave de nossas angústias e nossas questões emocionais? 

Adoecemos devido a determinantes genéticos, fisiológicos, ambientais, sociais  ou emocionais. Estas são afirmações, mas podem ser perguntas, para as quais não temos as respostas. Podemos apenas refletir a respeito, buscar conteúdos que abordam as doenças sob diversos pontos de vista e escolher algum que faça mais sentido que outro. É uma opção. Podemos ou devemos confiar na medicina, na genética, ou ainda na epigenética tão atual, aquela que avalia as alterações nos fenótipos, independentemente da sequência de DNA, ou seja, as mudanças genéticas não são determinadas por esta. 


Em nossa época, a medicina moderna nos apresenta a olhos vistos, possibilidades ilimitadas baseadas em métodos altamente científicos e em contrapartida, paralelamente, as pessoas confiam suas vidas também a práticas alternativas e métodos de cura natural. “No creo en brujas pero que las hay, las hay” (ditado popular Galiza)


Será que existe uma forma de não adoecer, ou ainda, será que estamos adoecendo mais do que adoecíamos no passado? 


Atualmente nos expressamos, menos ou mais, mas de uma forma bem diferente de como agíamos em outras épocas, nossas relações são mais complexas hoje e não sabemos lidar com situações que dominávamos antigamente. Será?


As relações sociais de fato estão mais complexas. Vemos os relacionamentos presenciais preteridos aos virtuais, os desejos, a busca por relacionamentos mais profundos e significativos, num mundo mais fugaz, os áudios acelerados de whatsapp nos mostrando que temos muita pressa e falta de paciência para o desfecho dos acontecimentos do dia a dia. Uma “sertralina” aqui, uma “fluoxetina” ali. O fim de um relacionamento ou o fim de uma discussão num ato de bloqueio de perfil, como se bloqueando um acesso, o outro (o sujeito ou o problema) sumisse. Buscamos o prazer imediato, somos deveras hedonistas, vivemos o tempo todo a falta de escassez e com o excesso de acesso a tudo e a todos o tempo todo. Isso tudo nos coloca no mundo de hoje, no qual, fazemos escolhas: tomamos a vermelha ou a azul, abraçamos a verdade que pode ser muito dolorosa ou engolimos a ignorância brilhantemente abençoada. E salve Matrix.


O respeito pelo outro ser humano abrange outras questões na atualidade. As regras sociais e de conduta, tão claras e unificadas no passado viraram uma liberdade de expressão, às vezes desmedida, exagerada, sem empatia, mas muitas vezes libertadora, que no final das contas nos leva a outro patamar de evolução. Estamos mais ou menos empáticos, pensamos mais ou menos somente no nosso próprio umbigo, qual o valor de um ser humano, do dinheiro ou da cripto moeda? Eu posso me expressar livremente, mas o outro não tem obrigação de aceitar ou concordar comigo. 


Será tudo isso um problema ou a solução dele?


Hoje, pessoas menos individuadas e mais solitárias, sozinhas, confundindo solitude com solidão e com muitas faltas a serem preenchidas lotam os shoppings, as adegas (nunca se bebeu tanto!), os consultórios terapêuticos “Só preciso que me enxerguem como eu sou realmente, me olhem nos olhos e me desejem pelo que sou enquanto ser humano”, as clínicas de estética (nada que um peito maior não resolva), o tinder e a dark web.  Que exagero!


Existe uma explicação para isso e compreender isso é respeitar o ser humano, que é esse sujeito que atualmente disputa, e disputará mais acirradamente, sua própria inteligência com uma IA. Perderemos nossa humanidade?


Voltemos às doenças sob um ponto de vista, a psicossomática. Não a clássica, mas uma visão alternativa:


Se considerarmos nosso corpo unificado, equilibrado entre corpo, mente e emoções, sem sintomas físicos, ou seja, em harmonia, temos um corpo saudável, com saúde. 


Inverso a isso, seria o surgimento no corpo de qualquer sintoma, ou seja, a perda relativa dessa harmonia, a doença se manifestando. Uma unha encravada, uma dor de barriga, uma enxaqueca, uma alergia à poeira…


Considerada as devidas ações que devemos ter com relação ao cuidado com essa doença manifestada, ou seja, ir ao médico, fazer exames, tomar medicação e fazer acompanhamento médico; temos que dar atenção a esses sintomas, que sob essa ótica que trago aqui, são extremamente importantes e esclarecedores. Ou seja, vá ao médico e se cuide, mas observe-se. 


Mente e corpo podem estar juntando esforços para auxiliar na elaboração de conteúdos inconscientes e a doença ser o caminho da cura do sujeito, indivíduo e único, vivente deste nosso universo. “Doença e cura são conceitos gêmeos que somente têm importância para a consciência e não se aplicam ao corpo, pois um corpo nunca pode estar doente ou saudável. Tudo o que o corpo pode fazer é refletir os estados correspondentes e as condições da própria consciência.” (A doença como caminho - Thorwald Dethlefsen e Rudiger Dahlke)


O que estamos refletindo ao termos uma enxaqueca, uma seborreia, uma trombose, diarréia, dor de dente ou de ouvido, falta de visão, pressão alta ou uma espinha? As respostas podem estar implícitas nas próprias manifestações. 


Quando descrevemos os sintomas físicos de uma doença, podemos estar descrevendo por analogia, um problema, um conflito psíquico.


“A cura só é possível na medida em que nos conscientizarmos dos aspectos ocultos de nós mesmos, que formam a nossa sombra, e na medida em que nos integrarmos. Assim que descobrimos o que nos faz falta, o sintoma torna-se supérfluo.” (A doença como caminho - Thorwald Dethlefsen e Rudiger Dahlke)


Quando trata-se de infecção, por analogia, conflito, tensão e guerra, é um combate. Uma alergia, como uma defensiva exagerada a algo que se mostra hostil. Questões respiratórias, ritmo e fluidez da vida. Vivendo com o fígado, na raiva e com ressentimentos, sentimentos de injustiça, mágoa e dificuldade nas relações interpessoais. Enfim: devemos crer que “O inesperado sempre precisa de uma longa preparação para acontecer” (fala de um personagem do livro: A Escola dos Deuses)


Cuide-se!









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